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Toupeira de água

Descrição e Ecologia
É um pequeno mamífero, semiaquático. O dorso tem pelagem cinza escuro metalizado e a parte inferior de cor cinza prateado. Focinho sem pelo e extremamente sensível, com dois orifícios nasais. É um experiente nadador e gosta de viver junto a riachos águas correntes e límpidas, sendo um bom bioindicador do estado dos riachos. É pouco sociável e extremamente esquivo. A cauda é usada como leme e para manter o equilíbrio. Reproduz-se durante a primavera, entre março e maio, dando à luz entre 2 a 4 crias. Alimenta-se praticamente de insetos aquáticos.
Área de distribuição em Portugal
Em Portugal encontra-se nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Âncora, Lima, Neiva, Cávado, Ave e Leça, assim como nas principais sub-bacias do rio Douro. Ocorre também nos rios Vouga e Mondego e nas cabeceiras do rio Zêzere. A toupeira-de-água é uma espécie que deve ser protegida e que tem registado um forte declínio. A sua vulnerabilidade relaciona-se com o facto de depender de águas e margens em muito bom estado de conservação.
Testemunhos da comunidade-local
A toupeira-de-água parece ser conhecida das pessoas da comunidade. “Vive em poços, mas é difícil de observar porque foge quando as pessoas se aproximam.” Chamam-lhe “rato do rio”, por andar sempre na água e em galerias escavadas. Há um ditado popular que diz que a toupeira ‘trocou os olhos pelo rabo”.
Fontes
• Fotografia: César Pollo
• ICNF, s/d, Ficha de Espécie.
Disponível em: https://www.icnf.pt/api/file/doc/073e36b91ebc7418
• Projeto Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal – Mamíferos Insectívoros.
Disponível em: https://livrovermelhodosmamiferos.pt/mamiferos/eulipotyphla/
• Bencatel, J., Sabino-Marques, H., Álvares, F., Moura, A.E. & Barbosa, A.M. (eds.) (2019).
Atlas de Mamíferos de Portugal, 2ª edição. Universidade de Évora, Portugal.
• Corbet, G., Ovenden, D. (1982). Manual de los Mamíferos de España y de Europa. Ediciones Omega. Barcelona.

Nome científico: Galemys pyrenaicus Família: Talpidae Nome comum: Toupeira-de-água Estatuto de Conservação: Em perigo (em Portugal) Origem: Nativa | Espécie endémica da Península Ibérica e Pirinéus Franceses
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