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Santuário do Senhor do Socorro

Santuário do Senhor do Socorro

Engastado no verde esmeraldino da paisagem, favorecido pela poética envolvência serrana, é um dos mais afamados santuários de peregrinação do território limarense.
Foi fundado em 1773 no local onde existiu uma capela dedicada a São Gregório Magno – construída em 1611 pelo vigário Pe. Pero (Pedro) Maciel – e onde nasceu a Irmandade do Senhor do Socorro, possivelmente na segunda metade do século XVII ou na centúria imediata, na opinião de alguns autores. Integra uma igreja com uma belíssima frontaria erigida entre duas soberbas torres sineiras com remates bolbosos, chamando igualmente a atenção as magníficas obras de talha dourada das estruturas retabulares da área interna do templo – e demais gramática decorativa –, as bulas pontifícias e os ex-votos pintados – quadros que se oferecem em comemoração de uma graça concedida ou, se quisermos, memórias visuais de um voto cumprido.
Ainda dentro do monumento, à esquerda do pórtico, ressurte o projeto de reorganização do santuário cristológico ideado em 1864 por António Augusto Pereira, condutor de trabalhos da Direção de Obras Públicas de Braga. Pintado a aguarela, mostra um conjunto arquitetónico alteroso, levantado “mais para o cimo do monte”, idêntico na forma e no traço ao Bom Jesus de Braga com o seu “calvário em ziguezague”. O intento chegou a avançar, executando-se o primeiro lanço de uma elegante escadaria com a estátua de Abel e a “fonte do deserto” – obra de 1893 –, bem como a capelinha devotada a Nosso Senhor dos Emigrantes, em cujo terreiro adjacente se fazem a bênção e feira do gado no sábado de romaria. Não obstante o cumprimento da sua fase de arranque, o “estancamento das fontes de receita” suspendeu o plano de reforma do complexo religioso, ficando tudo o mais por concluir.
Além de atrair o povo pela fé, o Santuário do Senhor do Socorro deslumbra as gentes pelo lado estético da obra feita – ao gosto rocaille –, merecendo nota o breve, mas sumptuoso escadório de pedra, fronteiro à fachada principal da igreja, ornado de estátuas de anjos com trombetas; os panos murários alindados com figuras bíblicas de bom tamanho; e os dois coretos. São, do mesmo modo, dignos de apontamento os antigos “quartéis” destinados à acomodação dos romeiros e os sete fornos comunitários, ancorados na alameda contígua, outrora reservados para a assadura de cabritos e de frangos e para a cozedura de pão.
O santuário cristológico da Labruja obteve a classificação de Imóvel de Interesse Público em 1977.

GPS 41°50’30.4″N 8°35’36.5″W

Fontes:

REIS, António Matos – Ponte de Lima no tempo e no espaço [Em linha]. Ed. Eletrónica revista. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2015. [Consult. 18 mar. 2025]. Disponível na Internet:< https://www.academia.edu/109204014/Ponte_de_Lima_no_Tempo_e_no_espa%C3%A7o>

BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida – Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8

CHAVES, Luís – Na arte popular dos ex-votos: os “milagres”. Revista de Guimarães [Em linha]. N.º 80 (jan./jun. 1970). [Consult. 18 mar. 2025]. Disponível na Internet:< https://www.csarmento.uminho.pt/site/files/original/c4f18a4cb35c4813e2bd4ecbdae7e2192be24164.pdf>

 CAPELA, José Viriato – As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758: Alto Minho: memórias, história e património [Em linha]. Braga: Universidade do Minho, 2005. [Consult. 18 mar. 2025]. Disponível na Internet:< https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/11902/1/VIANA%20DO%20CASTELO%20Livro%20Mem%20Paroq.pdf>

 VIEIRA, José Augusto – O Minho pitoresco [Em linha]. Valença: Rotary Club, 1986. [Consult. 18 mar. 2025]. Disponível na Internet:< o minho pittoresco I (1).pdf>

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Horário

(opening hours)

TERÇA A SEXTA
9h00 – 12h30 | 14h00 – 17h30

SÁBADO, DOMINGO E FERIADOS
9h00 – 12h30

TERÇA A SEXTA

    (Tuesday to Friday)

9h00 – 12h30 | 14h00 – 17h30
9:00 am – 12:30 pm | 2:00 pm – 5:30 pm

SÁBADO, DOMINGO E FERIADOS

(Saturday, Sunday and Holidays)

9h00 – 12h30
9:00 am – 12h30 pm

* Encerramento: 1 de janeiro; terça-feira de Carnaval; 4 de março (feriado municipal); Domingo de Páscoa; fim de semana das Feiras Novas; 24, 25 e 31 de dezembro.
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